Há quase um mês não atualizo o blog. Quando criei esse espaço, pensei que pudesse de duas a três vezes por semana escrever aqui. Não estipulei dias, só pensei "vou me organizar e escrever no blog, 15 minutos por dia, pelo menos, vou conseguir reservar". Porém, não é tão fácil assim. Aliás, cada dia parece ser mais dificil reservar um tempo do dia para chamar de meu.
O único tempo que consigo chamar de meu é o que estou fora de casa, trabalhando. Fora isso, todo o tempo disponível é destinado a minha pequena bonequinha Maria Eduarda, aos cuidados com a casa, marido....
É incrível como deixamos tudo para depois quando temos filho. O salão, a manicure, a ginástica, o encontro com os amigos, o passeio no shopping (a não ser que seja para ir ao parquinho), o namoro com o marido... Nossa atenção, nosso cuidado, nosso tempo... tudo isso hoje tem um dono: nosso filho. Como a Maria Eduarda ainda não está na escola, procuro sair do trabalho e vir direto para casa para liberar minha mãe.
Conversando com colegas de trabalho, que também têm filhos pequenos, vejo que a falta de tempo não é exclusividade minha. Todas compartilham das mesmas dúvidas e contradições que cercam nossa vida depois que temos filhos: como conciliar tudo, como fazer tudo ao mesmo tempo, agora...
Apesar da loucura que é meu dia a dia eu tenho um pensamento em mente: tudo vai passar. Um bebê demanda muito trabalho, muito cuidado, porém, é a melhor coisa do mundo. Quando estou com a Maria Eduarda no colo ou quando ela me chama para dar um "banhinho gotoso", meus olhos muitas vezes se enchem de lágrima.
É a melhor coisa do mundo. Hoje não me vejo sem ela. Por isso, se hoje o tempo está corrido, se muitas coisas são deixadas para trás sei que daqui a pouco, ao piscar os olhos, ela já estará grande, não precisando mais de tantos cuidados e aí, com certeza, eu vou sentir uma saudade.... Saudade desse tempo que só eu era o mundo dela...
